sexta-feira, 7 de março de 2008

Abalos sísmico na Terra Segura

Não me lembro mais da ultima vez que me senti assim. Não me lembro se quer de um dia ter me sentido assim, tocado em algum lugar do fundo do meu eu, perturbando a minha paz e o prazer de ter a paz perturbada. Como é estranho sentir prazer da angustia, ah, como é! Logo eu que tenho meu pé tão deliciosamente preso ao chão, isolado para alem da permissão de que atinjam o meu eu em paredes invisíveis e sentir de modo tão diferente e conturbado uma dor deliciosa e simples com o pavor da culpa em meu âmago resultado de um momento diferente e inesperado do meu cotidiano.

O Baile de Mascaras:

Dançar como é dançar disfarçado?

Dança comigo, quero aprender

Escondo meu rosto por trás da mascara

Festejo o mundo rodopiando no chão

Seguro dos meus e dos seus passos

Eu bailo este baile de mascaras

Até ser indecorosamente desmascarado

Não, não veja meu rosto!

Eu não estava preparado

Para o brilho, suspiro! Disfarçar

Desmascarado, me mascarei e voltei a bailar

Com a certeza de que voltei

Voltei a me apaixonar

Antes do Outono chegar.