Não me lembro mais da ultima vez que me senti assim. Não me lembro se quer de um dia ter me sentido assim, tocado em algum lugar do fundo do meu eu, perturbando a minha paz e o prazer de ter a paz perturbada. Como é estranho sentir prazer da angustia, ah, como é! Logo eu que tenho meu pé tão deliciosamente preso ao chão, isolado para alem da permissão de que atinjam o meu eu em paredes invisíveis e sentir de modo tão diferente e conturbado uma dor deliciosa e simples com o pavor da culpa em meu âmago resultado de um momento diferente e inesperado do meu cotidiano.
O Baile de Mascaras:
Dançar como é dançar disfarçado?
Dança comigo, quero aprender
Escondo meu rosto por trás da mascara
Festejo o mundo rodopiando no chão
Seguro dos meus e dos seus passos
Eu bailo este baile de mascaras
Até ser indecorosamente desmascarado
Não, não veja meu rosto!
Eu não estava preparado
Para o brilho, suspiro! Disfarçar
Desmascarado, me mascarei e voltei a bailar
Com a certeza de que voltei
Voltei a me apaixonar
Antes do Outono chegar.