quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Alguem para me deixar flores.

Vez por outra a morbidez por que cerca minha pessoa pelo
meu proprio ser, uma pertubante vista de minha propria morte,
de como seria o meu proprio enterro, o dia em que talvez eu acenda
um significado no coração de pessoas e perceba o quão poucas,
ou talvez nenhuma, elas sejam. Eu as vezes me pergunto se com todas
as coisas que faço, que sou e que aspiro me dêem as honras de que alguem
esteja à minha volta enxugando lagrimas por mim, homenagiando o meu
dia sagrado. Eu queria morrer por um breve momento em frente ao espelho
para sentir os ecos de minhas lugubres viagens que soam tão reais.
Tenho a impressão de que a coisa mais facil é ser abandonado para morrer
só, apesar da morbidez coletiva de sempre alguem que morre de forma
que causa um choque, vários passem para olhar, apenas olhar e seguirem
em frente, cada qual na sua, mas com algo em comum, os outros me dariam
um pouco de atenção em minha escuridão eterna até que retornem à
seus prórprios mundos, seus proprios problemas...
e eu preocupado se um diria mereceria receber flores em meu epitafio.

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